As pessoas querem ser donas da própria vida profissional, independentemente do local em que estão trabalhando no momento.
Há anos, surgiu um movimento entre os profissionais que levavam a buscar a criação do próprio negócio. O empreendedorismo estava na moda, ancorado na sensação de que trabalhar para si mesmo precisava embolsar todo o dinheiro conquistado, fazer as coisas do seu jeito, com sua cultura, com seu estilo e quando quisesse.
Só que esses desejos nem sempre se condizem com a realidade. Afinal, ao abrir um negócio, seja ele um comércio, uma indústria ou um serviço, o mercado tende a direcionar os caminhos — e nem sempre são os caminhos que o empreendedor gostaria de seguir. Os compromissos são obrigados a cumprir os horários e as demandas dos consumidores, e seus próprios desejos e anseios muitas vezes vão por água abaixo. Além disso, o dinheiro conquistado pela empresa nunca será distribuído diretamente pelo empreendedor, mas destinado às necessidades do negócio. Quem está no ramo do empreendedorismo pode ficar anos sem receber um salário satisfatório.
Mesmo com algumas desilusões, o que esses profissionais estavam sinalizando era o seguinte: “quero ter domínio do meu tempo, da minha carreira” e “quero poder fazer escolhas mais alinhadas ao meu propósito”. Esse é um raciocínio que vemos em muitos empreendedores e, mais recentemente, em fundadores de startups.
As empresas, atualmente, são apenas um panorama de fundo. São um meio, não mais um fim — o movimento mostra que as pessoas estão olhando para o próprio gerenciamento profissional e não mais para o projeto da organização.
Independentemente do tempo necessário para alcançar um retorno esmagador como empreendedor, é importante lembrar de seguir sempre uma trajetória que reflita aquilo em que realmente se acredita.
Empreender, em qualquer situação, exigir resiliência e capacidade de se adaptar aos desafios que surgem.

Artigo publicado na revista Destaque+, clique aqui e leia outros artigos publicados.